Existem diversas formas para realizar a reposição hormonal nas mulheres. Os responsáveis por essa especialidade podem utilizar diferentes métodos e isso vai variar de acordo com cada casa.

Mas antes de adentrar nos métodos para essa reposição precisamos explicar brevemente porque estes métodos se fazem necessários e quais os seus objetivos para as vidas das mulheres.

Com a vinda da menopausa por volta dos 50 anos, ocorrem alguns distúrbios hormonais que geram alguns problemas na qualidade de vida das mulheres que estão passando por esta fase.

Os métodos de reposição hormonal têm o intuito de aliviar o máximo possível esses sintomas gerados pela menopausa como, picos de calor, excesso de cansaço, queda de cabelo e até secura vaginal repondo alguns hormônios específicos no corpo.

Esse método tenta resolver os efeitos repondo dos hormônios que estão em falta no corpo feminino, dessa forma diminuindo de forma significativa qualquer efeito que sua falta tenha causado.

Para as formas de reposição hormonal existem diversos métodos que podem ser feitos por vias orais, injetável, vaginal e até transdérmica. A escolha vai variar de acordo com o desejo da paciente e recomendações de seus médicos.

É importante ressaltar ainda que alguns estudos relatam o aumento de chance de trombose nas mulheres que optaram pelo método por via oral. Então é necessário analisar bem antes de escolher o método mais adequado.

Devido esses estudos foi possível estabelecer que a reposição hormonal via oral está relacionada em 58% com os riscos de desenvolver trombose venosa. Essa analise foi feita em comparação com as mulheres que não receberam nenhum tipo de reposição hormonal por qualquer que seja a via.

Para aqueles que ainda não sabem do que se trata, a trombose venosa nada mais é do que o surgimento de coágulos nas veias. Geralmente esses coágulos ficam localizados nas pernas e provocam inchaço e dor.

Entretanto, o grande risco é quando esses coágulos se soltam e acabam se locomovendo para os pulmões. Isso acarreta na embolia pulmonar e pode ser fatal.

Por isso o método de reposição hormonal a ser escolhido deve ser analisado com muita cautela. Entretanto se ministrado por outras vias, o processo de reposição hormonal pode inclusive não ter nenhuma relação para o surgimento da tão tépida trombose venosa.

Principais medicamentos

Existem dois tipos de medicamentos que são comumente utilizados para realizar esse tipo de tratamento.  É importante lembrar que o tratamento deve ser realizado com a orientação de seu médico.

E ainda que o tempo geral do tratamento não deve ultrapassar o limite de 5 anos por conta do aumento de risco relacionada ao câncer de mama e também o surgimento de doenças cardiovasculares.

  • Terapia a base de estrogênios: este modelo de terapia utiliza de medicamentos que contém apenas estrogênios com estrona, mestranol ou estradiol. Esse tipo de tratamento é recomendado para as mulheres que tenham removido o útero.
  • Terapia com estrogênio e progesterona: já neste modelo são utilizados ainda medicamentos que contenham progesterona natural ou até sintética que são combinadas ao estrogênio. Esse método é recomendado para as mulheres que possuem útero.

Não podemos esquecer que seja qual for o método utilizado é muito importante um acompanhamento médico e seguir todas as recomendações que ele possa lhe passar para dessa forma realizar um tratamento de forma correta e mais eficiente.

Contraindicações da reposição hormonal

Assim como a maioria dos tratamentos a reposição hormonal também possui suas contraindicações e deve ser evitada nos seguintes casos listados abaixo:

  • Câncer de mama
  • Câncer de endométrio
  • Porfiria
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Ter tido um infarto ou AVC – acidente vascular cerebral;
  • Trombose venosa profunda;
  • Distúrbios da coagulação sanguínea;
  • Sangramento genital de causa desconhecida.

Todos esses exemplos são causas em que o seu processo de reposição deve ser interrompido e até não iniciado. Essa analise deve ser feite pelo ginecologista de acompanha o seu caso.

Outro fator muito importante que faz que que o acompanhamento do médico seja imprescindível é que existe a necessidade de ajustas as dosagens com o passar do tempo, prática essa que é realizada pelo médico para garantir maior eficiência do tratamento.

Vantagens da reposição hormonal

Vale lembrar que essa estratégia de reposição hormonal é benéfica apenas para as pacientes que estão sofrendo com as baixas taxas de concentração dos hormônios femininos no corpo, fato que ocorre com muita frequência na menopausa.

Com base nisso, vamos analisar então os benefícios que começam no setor da qualidade de vida. Tendo em vista que a reposição ajuda a minimizar os sintomas que são comumente causados pela menopausa, ela permite uma vida muito mais saudável e confortável.

Até os sintomas que parecem ter um âmbito mais emocional como as variações de humor e até a falta de sono podem ser facilmente minimizadas por esse tipo de tratamento.

Do ponto de vista médico, esta técnica ainda possui um segredo de ouro que é a proteção cardiovascular. Tendo em vista que se aplicado de forma correta esse método pode auxiliar no controle de pressão alta e colesterol.

Existe ainda beneficio para a parte óssea do nosso corpo, levando em consideração que com a reposição dos hormônios a perda de massa óssea é em muito minimizada, diminuindo assim os riscos de osteoporose.

Cuidados com a reposição hormonal

Mesmo que o maior risco considerado pela reposição hormonal seja a trombose venosa, existem ainda outras precauções que devem ser levadas em consideração.

A reposição hormonal feminina já foi sim relacionada ao risco moderadamente mais elevado do surgimento de câncer de mama. Mesmo que a possibilidade seja muito pequena, as mulheres que já tem histórico da doença na família devem ficar mais atentas.

Salvo esses casos, o período mais apropriado para se iniciar o tratamento é no máximo de seis a sete anos depois da sua última menstruação. Para aquelas que esperam por um tempo maior do que esse, o tratamento não será mais indicado pois os riscos podem ser maiores que os benefícios.

Tratamento natural

É possível ainda realizar o tratamento de forma natural. Neste caso você terá que ingerir alimentos com fitoestrogênio, que são substâncias encontradas na natureza semelhantes ao estrogênio que é aplicado nos demais modelos de tratamento.

Essa substancia geralmente é encontrada em alimentos como soja, linhaça, inhame e amora. Esses alimentos sozinhos não conseguem substituir a reposição hormonal, mas pode contribuir para aliviar alguns sintomas.

Dessa forma causando mais conforto e q um pouco mais de qualidade de vida para aqueles que não puderam ou não quiseram utilizar do método de reposição hormonal.

Um dos métodos mais utilizados para esse tratamento natural é o famoso chá de amora. Está é uma opção muito viável para amenizar os sintomas causados pela menopausa pois através dela é possível reduzir os níveis hormonais mesmo de forma natural.

Ingrediente:

  • 500 ml de água fervente
  • 5 folhas de amora picadas

Modo de preparo:

Para realizar o preparo do chá é necessário colocar as folhas dentro água já fervente, tampar a panela de deixar repousar de 5 a 10 minutos. Em seguida é só coar e beber o líquido de 2 a 3 vezes por dia e esperar os efeitos. 

Existem ainda algumas outras plantas e ervas medicinais que podem ser utilizadas com este mesmo intuito de reposição hormonal natural. A Erva-de-São-Cristóvão, Árvore-da-Castidade, Pé-de-leão ou Salva são algumas delas.

Essas plantas também são responsáveis por auxiliar de forma muito significativa na redução dos sintomas causados pela menopausa e podem ainda ser recomendadas por alguns médicos para complementar o seu tratamento.

Conclusão

Dessa forma fica fácil perceber os diversos benefícios que esse tratamento pode propiciar e que o acompanhamento com seu ginecologista é fundamental para garantir a eficiência e qualidade do tratamento.

Para uma experiencia completa e satisfatória é necessário conversar com seu médico para avaliar o método mais indicado e que será mais benéfico para o seu quadro.

Vale ressaltar que é muito importante passar para o médico todo o seu quadro clínico e histórico familiar para verificar de fato se a reposição hormonal é uma estratégia viável no seu caso.

Depois de todos esses pontos iniciais estabelecidos, basta apenas seguir o tratamento recomendado pelo médico da forma mais regrada possível. Dessa forma você alcançará sucesso de forma mais rápida e notório no seu tratamento.

Vale lembrar ainda que as visitas aos ginecologistas devem ser manter frequentes mesmo que o tratamento esteja funcionando bem, até porque o método não pode ser utilizado para sempre e deve ser ajustado sempre que o médico achar necessário.

É essencial ainda ficar de olho no possível surgimento de trombose, que pode causar danos gravíssimos a saúde da paciente. Por isso, para manter um tratamento bem completo e bem executo o acompanhamento pelo seu ginecologista é fundamental.

Agora que você já sabe todos os cuidados e precauções que deve ter quando optar por esse modelo de tratamento, basta apenas seguir todas as recomendações a risca e aproveitar muito todos os resultados que a reposição hormonal podem propiciar na sua vida.